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Crossfit, tapiocaria, barbearia: "modinha" ou com fôlego para sobreviver?


Esmalterias, barbearias, tapiocarias, brigaderia gourmet, cervejarias, food trucks, academia de crossfit. O ano de 2017 viu "bombar" negócios nas áreas de beleza, cuidados pessoais e alimentação que seguem um modelo parecido: não precisam de muito espaço e, na maioria das vezes, têm investimento baixo. Será que eles já se espalharam demais ou ainda aguentam mais uma temporada?

Para responder, o UOL ouviu a consultora do Sebrae-SP Giovana Bevilaqua Aburaya e a coordenadora do Centro de Desenvolvimento de Empreendedorismo da ESPM-SP (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Letícia Menegon.

Na opinião da consultora do Sebrae-SP, isso depende. "Cada modelo de negócio possui um ciclo de vida, e é isso que determina se ele tem ou não fôlego. E não a quantidade de portas abertas." Para ela, o food truck, por exemplo, precisa se reinventar para se manter em 2018 --por exemplo, incluindo serviços para além do balcão, como o de entrega em domicílio.

Letícia Menegon diz que a concorrência exagerada é uma forma de canibalização do mercado, ou seja, o empreendedor prejudica a concorrência, mas também o próprio negócio. "A simplicidade desses negócios permite que eles se repliquem rapidamente, o que aumenta a concorrência, mas traz pouca diferenciação. Nesse caso, só sobrevive quem tiver algum diferencial, seja na qualidade do produto ou de atendimento."

Ela cita o caso das paletas mexicanas e diz que, depois de explodir, só permaneceu no mercado quem ampliou o leque de produtos.

Ambas falaram sobre alguns segmentos que terão fôlego em 2018 e outros que tendem a ficar saturados. Fique atentado se for investir em um deles e aproveite as dicas, caso já seja um empreendedor.

Barbearia e esmalteria

Há muitos novos espaços e isso dá a impressão de que o mercado está saturado, mas os dois segmentos continuam com alta procura, diz a consultora do SebraeSP.

"Muitos clientes estão optando por conhecer esses locais por verem o foco em um único serviço como uma especialização. Cada vez mais gente vai ao cabeleireiro apenas para isso: cuidar do cabelo."

Academia de crossfit

O mercado fitness deve se manter em alta em 2018, atraindo novos alunos, diz Giovana. Entretanto, segundo ela, o crossfit deverá ser cada vez mais inserido dentro das academias tradicionais, como mais uma opção de atividade. Nesse caso, esqueça a academia especializada nesse tipo de treino.

Brigadeiria gourmet e temakeria

Para Giovana, do Sebrae-SP, as brigadeirias gourmet e temakerias são dois exemplos de negócios que estão em fase de maturação: passou a febre da busca pelos clientes, mas eles ainda têm espaço para crescer em 2018. "Embora a procura já tenha diminuído em 2017, é um segmento que tem um público cativo que ainda não é totalmente atendido."

Hamburgueria

Assim como outros segmentos na área da alimentação, o de hambúrguer deve permanecer em alta, diz Giovana, do Sebrae-SP. "Quem gosta de hambúrguer, especialmente os artesanais, está sempre em busca de novas experimentações, daí a manutenção da procura."

Tapiocaria

Apesar do apelo de comida funcional, por não conter glúten, deve entrar em declínio porque não faz parte da tradição popular consumir a matéria-prima (a mandioca) como opção de alimento diário, relata Giovana, do Sebrae-SP. "Com exceção do Nordeste, claro", afirma.

Alimentos naturais e "do tempo da vovó"

Segundo as especialistas, esses dois segmentos têm uma procura crescente, mas ainda não estão no auge. Por isso, segundo elas, há espaço para bons negócios. O conceito de "comfort food" remete à comida caseira e a uma alimentação saudável, e foi criado em oposição ao "fast food". Inclui bolos caseiros, saladas com ingredientes orgânicos, macarronada com massa feita à mão, por exemplo. Mas tudo com um toque

Letícia diz que natural não significa barrinhas de cereais com embalagem nova. "As pessoas procuram alimentos naturais e inovadores, que tenham sabor e que, comprovadamente, tragam benefícios. Não basta não ter conservante, é preciso ter sabor."

Cervejas artesanais

As pessoas estão dispostas a pagar mais para ter uma experiência diferente e conhecer novos sabores, afirma Letícia, da ESPM. Por isso, segundo ela, deve continuar alta a procura por cervejas artesanais em 2018. Se aliado ao sabor houver o apelo de "produção própria", melhor ainda, diz.

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