Município mineiro se destaca na produção de azeite de alta qualidade
Atendendo sugestão de um ouvinte, o Brasil Rural desta quinta-feira (18) falou com o coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Luiz de Oliveira, sobre a produção de oliveiras em Minas Gerais (ouça aqui o áudio).
Segundo o coordenador, a produção de azeite aumentou e hoje há mais regiões produtoras no Brasil, como São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Ele explicou a origem da plantação de oliveiras em Minas Gerais. O Município de Maria da Fé começou a produção com a chegada de um português, na década de 1950, que percebeu as semelhanças entre o clima local e a região onde morava em Portugal. A oliveira é uma fruteira de clima temperado e deve ser plantada em regiões frias.
Em 2008 foi feita a primeira extração de azeite considerada nacional na cidade.
Hoje, o Brasil tem duas regiões produtoras: Sudeste (concentrado na serra da Mantiqueira) e o Rio Grande do Sul. No Sudeste, a safra de 2018 produziu cerca de 80 mil litros de azeite, de acordo com Luiz.
Ele apresentou parâmetros na identificação de um azeite de boa qualidade. O coordenador explicou que é preferível que o produto seja armazenado em garrafas escuras. O azeite extra-virgem é considerado de melhor categoria. Quanto mais recente é a fabricação, melhor a qualidade.
Luiz de Oliveira falou também sobre azeite virgem.
“O azeite virgem é aquele que provem unicamente de azeitona. Ele é feito por processos mecânicos, ou seja, físico. Na extração desse óleo não existe nenhum produto químico envolvido nessa etapa", afirmou.
Se esse azeite apresentar características superiores, a exemplo da acidez, será classificado como extra virgem.