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Alta no consumo de vinhos anima empresários do setor de bebidas em Montes Claros


Sentir o aroma, brindar e saborear. Estes são os rituais que envolvem a prática milenar de apreciação do vinho. O aumento no consumo deste produto tem animado empresários do setor em Montes Claros. É o caso de Eduardo Viana, proprietário de uma adega na cidade. De acordo com ele, a venda do produto cresceu cerca de 40% comparado ao mesmo período do ano passado.

“Em janeiro, tínhamos um estoque aproximado de 550 mil, neste mês temos apenas 150 em produtos. Esse crescimento de demanda é atribuída não apenas à gestão, mas também pelo giro no mercado. As pessoas estão procurando conhecer mais sobre o vinho, saber o que estão bebendo. E nós disponibilizamos este acompanhamento na hora da compra”, arma.

Junto a essa tendência de degustação, novas prossões e conhecimentos emergiram. O ato de saborear os mais diversos tipos do derivado da uva impulsionou o sommelier José Souza a virar um apaixonado por vinho. Ele é gerente de um restaurante da cidade e conta como surgiu o interesse em conhecer as especicidades do produto. Para ele, para quem é um apreciador, nenhuma outra bebida substitui.

“Trabalhei com diversos tipos de bebidas, mas nenhuma outra me atraiu como o vinho. Há 23 anos eu comecei a trabalhar em restaurantes de São Paulo e lá passei a ter um contato maior com o produto. Isso me impulsionou a procurar conhecimento a respeito dos tipos, sabores e potencialidades. Daí, me tornei um somellier”, comenta

Além dos vinhos nacionais, os rótulos importados, como os chilenos, portugueses e italianos têm agradado os amantes do derivado da uva. Na cidade, a ampla variedade agrada o produtor rural Marcelo Machado. Ele conta que há anos gosta de experimentar as novidades do mercado. Tanto nos restaurantes, como em casa. “Montes Claros tem apresentado muitos rótulos, e eu criei a curiosidade de conhecer e ver quais eu me adaptava, os que me conquistaram eu bebo até hoje, feliz da vida”, diz.

Crescimento Nacional

Dados do Instituto Brasileiro de Vinhos (Ibravin) apontam que o abastecimento do mercado de vinhos apresentou alta de 3% no primeiro semestre de 2017. O estudo leva em consideração os rótulos nacionais e importados. Embora os vinhos nacionais tenham ganhado espaço, com aumento de 15,85%, entre 2014 e 2016, a importação ainda se sobressai. Um levantamento feito pelo mesmo instituto contabiliza o consumo de 48,4 milhões de litros no primeiro semestre deste ano, 37,9% a mais que o mesmo períododo ano anterior. O analista do Sebrae/MG, Leonardo Oliveira, comenta que o consumo do produto chegou a 85 milhões de litros em 2016. Ele aponta os fatores que impulsionaram o surgimento de novos adeptos. “Os supermercados e o comércio em geral melhorou seu mix de produtos, com carta de vinhos bastante variada. A segmentação presente nas lojas especializadas e nos sites possibilitou o acesso a diversos tipos”, pontua.

Harmonização

É comum ouvir discursos de recusa ao vinho associado ao fato de algum mal estar. Mal sabem eles que o incidente pode estar ligado à combinação inadequada do vinho com determinados alimentos. O somellier José Silva explica que deve ter uma harmonização entre os componentes da mesa. “Vinhos tintos sempre vão melhor com carnes, os brancos, por sua vez, são melhores quando harmonizados com peixes e frutos do mar; já os rosés são ótimos com carnes magras grelhadas, frango assado, verduras gratinadas e massas italianas, por exemplo”, comenta.

O especialista ainda desmistifica a ideia de que existem determinados tipos de vinhos para regiões de diferentes clima. “Não é o clima que influencia qual o tipo de vinho a ser tomado, mas a temperatura do produto é que deve ser levada em conta. Em Montes Claros, por ser uma cidade calorosa, as pessoas sempre pensam que só se deve tomar vinhos gelados, mas não é bem assim”, ressalta.

A bebida grega, feita em homenagem ao deus Baco, até hoje é servida em comemorações e é símbolo de festa e alegria. Hoje ganhou adeptos no mundo inteiro, por seu sabor sabor e paladar inigualáveis, além de ser fator socializante. E o melhor, saboroso e faz um bem enorme à saúde.

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